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10 restaurantes e bares em São Paulo com boa gastronomia e design para encher os olhos

Com uma atmosfera vibrante e multifacetada, São Paulo oferece inúmeras opções para quem quer cultura, diversão, arte, design, arquitetura, e claro, boa gastronomia. A maior e mais populosa cidade do hemisfério sul oferece as mais diversas cozinhas para diferentes tipos de gostos – e bolsos. Mas além dos ingredientes tratados com cuidado e respeito e das combinações de sabores e aromas únicos, um ambiente que traduza a proposta gastronômica e encha os olhos faz toda a diferença para a experiência de sensações que uma boa refeição proporciona.

Por isso, fizemos uma lista com 10 restaurantes e bares em São Paulo que chamam atenção pela arquitetura e design de interiores e convidamos você a experimentá-los a qualquer tempo ou durante a próxima edição do festival, que já tem data marcada: de 11 a 19 de março de 2023. Venha, a DW! e os sabores plurais da capital paulista te esperam!

Arturito

O Arturito, da Paola Carosella, tem atmosfera leve, dada pelo paisagismo | Foto: Reprodução @restaurantearturito
O Arturito, da Paola Carosella, tem atmosfera leve, dada pelo paisagismo | Foto: Reprodução @restaurantearturito

Sob a batuta da chef Paola Carosella está o Arturito, em Pinheiros. O restaurante fica aberto para almoços e jantares. Entre os antepastos, versões para agradar a todos como as Vieiras de Santa Catarina assadas no forno a lenha, crocante de pão e parmesão e o Tomate Tonatto (tomates orgânicos fatiados finíssimos, com molho tonatto, farofa de pão e bottarga). Os pratos principais trazem frutos do mar, carnes, massas e cogumelos. A personalidade da chef Paola perpassa a cozinha e direciona, também, o projeto de arquitetura do escritório Cândida Tabet. Para a adaptação do prédio já existente, a proposta tem como elemento fundamental a estrutura tubular que sustenta o paisagismo e ocupa da fachada ao salão, oferecendo leveza ao espaço.

Bar dos Arcos

O Bar dos Arcos, no subsolo do Municipal, tem decor inspirado em "O Iluminado" | Foto: Reprodução @bardosarcos
O Bar dos Arcos, no subsolo do Municipal, tem decor inspirado em “O Iluminado” | Foto: Reprodução @bardosarcos

O empresário da noite, Facundo Guerra, é o nome por trás do Bar dos Arcos, no subsolo do Theatro Municipal de São Paulo. O ambiente que ocupa “os subterrâneos” do prédio finalizado em 1911 e assinado por Ramos de Azevedo e os italianos Cláudio e Domiziano Rossi, é um clash entre moderno e clássico. Seus arcos de tijolos aparentes são tombados (Condepaaht; Conpresp; Iphan) e não havia muita liberdade para as intervenções arquitetônicas. Mas o projeto do MM18 Arquitetura faz uma bela integração do uso com o espaço, especialmente pela aplicação das bancadas iluminadas, inspiradas no filme “O Iluminado”, de Stanley Kubrick. Nos lounges e balcões, acepipes como o Manifesto Regionalista (queijos brasileiros premiados, geleia de Cambuci e pão de fermentação natural) ou o (Não) Existe Amor em SP (Risotto de queijo tulha com chorizo grelhado) e drinques clássicos e autorais, como o Descalço (infusão de Ketel one com pimenta de cheiro e cardamomo, sucos de maçã e limão, açúcar, capim santo e água com gás).

Bullguer

Uma das vistas do ambiente com pé-direito triplo, no Bullguer do Centro | Foto: Reprodução @superlimao
Uma das vistas do ambiente com pé-direito triplo, no Bullguer do Centro | Foto: Reprodução @superlimao

A unidade da República do Bullguer tem arquitetura assinada pelo Superlimão Studio. O projeto com ares descontraídos em suas estruturas metálicas vermelhas e cinzas – que interligam os andares por um pé-direito triplo com iluminação natural, aproveita o entorno da rua da Consolação. É delas, também, que derivam os sistemas de mesas, sofás e booths da lanchonete. Na fachada, um mix de graffiti e pixo, executado à mão livre pelos artistas grafiteiros Theodoro Autops e Raphael Barcelos. A ideia da hamburgueria é servir lanches bons a preços justos: os hamburguers são feitos na hora do pedido sob a técnica “smash burger” e o que leva o nome da casa, tem como combinação pão brioche, carne, queijo, picles e molho Bullguer. Entre os acompanhamentos Crinckle ou Walffle (batatas) e frango empanado. Há, ainda, hot dogs e versões “NotCo”.

Casa de Francisca

A Casa de Francisca está no centro de SP em um palacete que conta a história da música na cidade | Foto: Reprodução@casadefrancisca
A Casa de Francisca está no centro em um palacete que conta a história da música em SP | Foto: Reprodução @casadefrancisca

A Casa de Francisca já existia há uma década quando, em 2017, mudou para o histórico Palacete Teresa Toledo de Lara, construído em 1910, tombado pelo patrimônio municipal de São Paulo e localizado no centro velho da cidade, na Sé. A casa de shows, bar e restaurante, respeita as características históricas do projeto original, mas inclui uma explosão de cores, um teto acústico e cenográfico e uma arquibancada construída com antigas cadeiras de um cinema, no projeto do Vapor Arquitetura. A casa oferece almoços com ou sem música e jantares com música, para este último, no cardápio entre os pratos principais estão a Bochecha de Porco Braseada e a Polenta com Funghi e Queijo de Cabra. Na carta de coquetéis, entre os destaques, o Sirimbó (cachaça de Jambu, suco de umbu, clara de ovo pasteurizada, xarope de maracujá e limão siciliano).

Charco

Uma das vistas do Charco, que ocupa um casarão antigo em SP | Foto: Reprodução @charcorestaurante
Uma das vistas do Charco, que ocupa um casarão antigo em SP | Foto: Reprodução @charcorestaurante

Os chefs Tuca Mezzomo e Nathalia Gonçalves colocam o fogo e a brasa como protagonistas do menu autoral do Charco, com inspiração sulista dada pela infância de ambos. O restaurante – que alcançou a indicação do Guia Michelin na categoria Bib Gourmand e, em 2022, faz parte do ranking “50 Melhores Restaurantes da América Latina” – ocupa um casarão antigo nos jardins, que manteve sua estrutura original. Ali, paredes descascadas e portas que reservam a abertura que parece dada pela derrubada à marreta, receberam o incremento da luz baixa e do mobiliário que exalta a madeira. O projeto é assinado pela arquiteta Elisete Borim com participação ativa do Tuca. Entre as iguarias, o arroz pegado de polvo e a costela que leva 12 horas de cocção, ambos servidos com vegetais na brasa, folhas e vinagrete.

Kotori

O Kotori tem gastronomia e ambientação com características japonesas modernas | Foto: Levi Mendes via

Em Pinheiros, abriu em 2021 o Kotori, restaurante desenhado pelo Coletivo Arquitetos. O resultado é fruto da imersão na cultura japonesa, onde o chef Thiago Bañares busca a inspiração para sua gastronomia. Entre intrincadas e leves estruturas de madeira encaixada e a inspiração no washi – papel especial feito a partir de fibras dos arbustos Kozo, Gampi e Mitsumata – para o desenho de alguns elementos de fechamento do mobiliário, o Kotori é singular. Entre os “espetos” servidos pela casa estão o Tamagoyaki finalizado na brasa, servido com maionese da casa e shichimi togarashi e o Tsukune grelhado com tarê artesanal. Entre os drinques, o calor pede o Tropical Fizz, que leva Ketel one botanical grape & rose, limão siciliano e soda.

Pappagallo

Uma das vistas do Pappagallo instalado num casarãoo dos anos 1940 | Foto: Reprodução @pappagallo.cucina
Uma das vistas do Pappagallo instalado num casarãoo dos anos 1940 | Foto: Reprodução @pappagallo.cucina

Capitaneado por um ex-Masterchef, o chef Pedro Mattos, o restaurante Pappagallo está instalado na Alameda Jaú, no coração dos Jardins, e promete uma fusion food com âncora na culinária italiana. O espaço ocupado por ele é um casarão tombado, datado dos anos 1940. Com reforma assinada pelo designer e decorador de clubes, restaurantes e hotéis, Rudolf Piper, manteve tijolos e partes do piso original aparentes, aliados à fachada de vidro e à escada entalhada à mão, em madeira. Piper foi diretor de promoções do lendário Studio 54; proprietário do Danceteria, em NY, onde Madonna fez alguns de seus primeiros shows e, no Brasil, licenciou, entre outros o Buddha Bar, na Vila Daslu. O Pappagallo por ele decorado, traz lasagnas, polvo e drinques autorais.

Riviera

Imagem do balcão no térreo do Riviera Bar, uma joia da noite paulistana | Foto: Romulo Fialdini via

Brunch, hamburgueres, acepipes, pratos principais, soft drinks, coquetéis clássicos e autorais, doces, vinhos, uísques. Ufa! O Riviera Bar fica na esquina entre a Avenida Paulista e a rua da Consolação e precisa de todas essas opções para as 24 horas ininterruptas de operação, comandada pelo chef Valter Roza. Inaugurado em 1949, foi um importante ponto de encontro de intelectuais de esquerda durante os anos 1960 e 70, mas após o apogeu, fechou as portas. Foi reaberto em 2013, por Facundo Guerra, em uma parceria com o chef Alex Atala e projeto de arquitetura do Studio MK27, de Márcio Kogan. No decor, as linhas curvas do tijolo de vidro da fachada são transpostas para o interior através do balcão sinuoso do térreo e da parede de madeira do primeiro andar, onde fica o restaurante. No mobiliário, clássicos como as banquetas Bertoia, de Harry Bertoia, e a cadeira dinamarquesa Série 7, de Arne Jacobsen.

Selvagem

Detalhe do deck que faz a ligação entre o interior do Selvagem e a vegetação do Ibirapuera | Foto: Reprodução @selvagemibirapuera
Detalhe do deck que liga o interior do Selvagem e o bosque do Ibirapuera | Foto: Reprodução @selvagemibirapuera

Dentro do Parque Ibirapuera, em uma zona de bosque com árvores frondosas está o recém-aberto Selvagem, sob a tutela do chef Filipe Leite. O restaurante com ingredientes tipicamente brasileiros está intimamente conectado à flora abundante que o rodeia e faz dela a protagonista do ambiente. O projeto do escritório Plantar Ideias repaginou uma antiga lanchonete que havia no lugar, reformulando o layout, estruturando uma ampla e aberta cozinha, oferecendo banheiros integrados e ampliando o deck que liga interiores às árvores, folhagens e flores típicos da Mata Atlântica. Há ali, também, um lago cercado por bromélias. No cardápio, frutos do mar, arroz vermelho, carnes e legumes diversos se misturam com sabores como caju, pequi e tucupi negro.

Vista

Salão do Vista, no terraço do antigo prédio do Detran, projetado por Niemeyer | Foto: Mariana Orsi via

Em frente ao Parque Ibirapuera está uma construção de grandes proporções apoiada sobre pilotis. O antigo prédio do Detran é assinado por ninguém menos que Oscar Niemeyer e, hoje, pode ser apreciado como se deve. O conjunto arquitetônico desenvolvido na década de 1950 abriga o MAC – USP, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, considerado um centro de referência de arte moderna e contemporânea, brasileira e internacional. Na cobertura com vista para o Ibirapuera e para a cidade, está o Vista, restaurante brasileiro comandado pelo chef Marcelo Corrêa Bastos. O projeto moderno do PROTOTYP&, abrange restaurante, bar, café e centro de eventos e conta com mobiliário autoral, desenvolvido para o projeto. No menu, clássicos caipiras como Leitoa à Pururuca e pratos contemporâneos como Arroz de Cogumelos com Tucupi.

A lista acima é apenas um recorte de uma ampla oferta gastronômica de São Paulo. Conhece algum restaurante que deveria aparecer nesta lista? Escreva o nome e os motivos para visitar nos comentários!

Esperamos você pra 12ª edição do maior festival urbano de design da América Latina. Para melhorar sua experiência, vamos publicar uma série de conteúdos sobre como aproveitar melhor a Semana de Design de São Paulo.  Nosso guia de viagem, já está no ar. Assine a newsletter da DW! e fique por dentro de tudo.

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