Buscar na Origem o melhor para construir os próximos passos de uma caminhada. Já são 20 anos de estrada para a Franccino, empresa moveleira dos irmãos Francino que fica em Minas Gerais, mas a história começou antes, com uma loja de mobília para áreas externas em São Paulo. E em 2001 a família fez um movimento que parecia o único possível para estruturar o sonho de “despertar bons sentimentos através de bons móveis”: montou sua primeira fábrica em Cláudio (MG).
Duas décadas depois, a Franccino consolida sua produção sobre pilares muito bem definidos: design autoral, materiais de qualidade e um fazer que mistura uma planta fabril que vem sendo melhorada constantemente e a valorização do artesão.
Como parte das comemorações, a Franccino convidou talentos do design autoral brasileiro para desenvolver sua nova coleção que será apresentada durante a DW! 2021. Conheça algumas novidades!

Materiais inspiradores
Como conta o designer Zia Costa, um dos primeiros a assinar as peças da marca, a construção de um móvel é feita a muitas mãos. O mineiro da pequena Dores do Indaiá compartilha do ideal da marca e traz na bagagem a vivência do chão-de-fábrica como fator extra para o desenvolvimento de suas criações.
“Um produto pode nascer de várias formas e não existe uma receita de bolo: pode vir de um briefing, uma necessidade, uma inspiração do cotidiano, uma vontade, um conceito ou uma história”, afirma. Para a cadeira Teka, os materiais aplicados com excelência pela empresa foram o ponto de partida: “A Franccino trabalha muito bem o alumínio e a madeira, por isso quis misturar os dois”.
A estrutura leve da cadeira, em metal, ganhou contornos suaves dos pés palito característicos do mobiliário moderno. Para aumentar o conforto, assento e encosto foram construídos em madeira. As cores que remetem à terra e à natureza arrematam o conjunto com justeza.

Autenticamente brasileiros
No projeto da designer Daniela Ferro, radicada em Curitiba (PR), os materiais foram empregados para criar uma sensação de aconchego extremo, sem que fosse comprometida a eficiência da manutenção do sofá Dara. “O trabalho começou antes da pandemia e o processo foi bastante complexo por força do contexto, mas ficou claro que era ainda mais necessário trazer limpeza visual e formal aliada a um conforto máximo”, explica.
O sofá é uma grande plataforma estruturada em alumínio e madeira com detalhes em couro. Almofadões em módulos que têm lavagem e troca fácil convidam quem usa a deitar e ser envolvido pela maciez. Apesar de ampla, a peça parece flutuar no ambiente.
Assim como para o sofá, as cadeiras Dara tiveram como referência elementos naturais e que reforçam a autenticidade de ser brasileiro. “Não é só o produto e a forma do design que importa, saber de onde vem e quem produz é essencial”, resume Daniela. A versão outdoor da peça (foto) leva madeira, cordas náuticas coloridas e tecidos com fibras naturais na composição do corpo com braços abertos e assento amplo, que faz jus a longas horas de prosa.

Cultura popular e o tempo
O interior do país está presente, também, no cerne do trabalho desenvolvido pelo designer Bruno Rangel, que tem suas raízes fincadas em Campo dos Goytacazes (RJ). Para criar o bar Juno, as festas juninas e as bandeirinhas dos trabalhos de Alfredo Volpi (1896-1988) foram o ponto de partida.
“Minhas peças têm sempre uma referência da natureza e/ou da cultura popular. Quero agregar valor e estimulam um outro olhar. O intuito vai além da função, do produto em si, quero discutir e fazer pensar. Ter o olhar voltado para as coisas que são essenciais, assim como o bom design”, explica.
Juno é um móvel robusto feito de madeira e, à primeira vista, parece um armário simples. Mas são os detalhes que criam o interesse e a singularidade de cada peça fabricada. A parte com vazados tem as ripas chanfradas a 45o em diferentes sentidos, a fim de criar movimento pela incidência de luz.
Esse detalhe determinou que o processo tivesse a mão do artesão diretamente aplicada para conseguir o efeito projetivo de claro e escuro. Para estruturar o bar, madeira certificada. “A madeira é um material vivo e em constante mudança e amadurecimento. É incrível vê-la tomando outras tonalidades e perceber a sensação da passagem do tempo”, afirma Bruno.
Saiba mais em franccino.com.br.